quinta-feira, 9 de julho de 2015

Terríveis segredos - Capitulo 25

- Mãe o que faremos agora?

- O que você acha de nós duas tomarmos um chá enquanto eu conto uma historia?- Em seguida me dirigiu um sorriso daqueles que por trás se escondem vários segredos. E eu não fui capaz de esconder o animo que estava tomando conta de mim.

- Sim mãe, eu adoraria tomar um chá, enquanto a senhora me diz quando foi que fez essa tatuagem!

- Eu não fiz, eu recebi.

- Como assim? Como um presente? Ou como se em uma manha ensolarada ela apareceu do nada?

- Um pouco das duas coisas

- Isso é impossível. ­- Eu já devia ter parado de usar essa palavra, mas eu ainda conseguia ficar surpresa com as coisas que acontecem nesse novo mundo que agora também era meu.

- impossível é você dizer que é impossível Kora!

Seria mesmo possível? Os ensinamentos do espírito me vieram naquele momento, seres não amigos do sol controlando magia, extraterrestres, caçadores com sangue celeste, meio humanos com mães e pais divinos. Sim claro que é possível, se eu que passei a vida crendo ser uma pessoa como todas as outras nesse planeta e agora sei q sou uma mestiça capaz de controlar a terra. Então seria tão surreal aparecer uma tatuagem nas costas da minha mãe?

- Sim, é possível, agora me conte como.

- Antes de você nascer, eu me casei com o seu pai e fui banida do meu clã, sem abrigo e proteção, eu pedi ajuda a deusa.Aquele ritual que fizemos foi parecido com o que usei na noite  em que pedi para ela me tornar sabia nas escolhas que iria fazer, que mesmo com minhas raízes na escuridão da magia corrompida, meus galhos e folhas fossem ao encontro do céu em direção a luz da lua, que transforma a escuridão transponivel. Como resposta essa tatuagem apareceu.

- Uau.

- Incrível não é.
Não sei se foi o barulho da chaleira apitando, ou a historia que a minha mãe tinha acabado de contar, eu só sei que algo em mim despertou me impulsionando em direção a chaleira para por a esfera laranjada que estava em minha mão na água, palavras fluíam da minha boca tão rápido que eu não conseguia registrar, a cada palavra dita a esfera se diluía na água, tornando a água cada vez mais alaranjada. Quando as palavras pararam não havia mais esfera, só havia o chá e um ponto de interrogação na cara da minha mãe.

- O que? Vai querer?

- Sinceramente?

- Claro.

- Não faço idéia o que foi que você fez. E só tem um jeito de saber. Traga aqui. Vamos beber.

Ela disse com tanta convicção que não a contrariei, mas durante os três passos ate a mesa eu me perguntei se tinha feito o certo. Eu sabia que esses surtos eram devido aos conhecimentos que ganhei durante as visitas do espírito em meus sonhos. Ele mesmo me disse que iria me ajudar para recuperar o conhecimento que já devia ser meu se não tivesse vivido como humana até meus dezesseis anos

As duas xícaras já estavam na mesa e no rosto da minha mãe eu conseguia ver puro orgulho!

Ela tomou o primeiro gole, e foi como se um vento muito forte soprasse em seu rosto fazendo com que seus cabelos se agitassem. Um sorriso se espalhou pelo seu rosto.

Era minha vez de provar. Assim que o liquido desceu pela minha garganta a mesma coisa aconteceu. Uma brisa fez meus cabelos dançarem e ao contrario do que foi com minha mãe essa brisa durou por muito mais tempo. - Não pude esconder o sorriso e o prazer que estava sentindo.

-Parabéns Kora! Você acaba de usar sua primeira poção!

- O que aconteceu?

- Somente a deusa sabe...

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