terça-feira, 14 de abril de 2015

Terríveis Segredos - Capitulo 20

- Sente se mocinha temos muito que conversar – meu pai estava enfurecido, eu nunca o vi dessa maneira então achei melhor fazer o que ele queria – O que deu em você? Essa não foi à educação que te demos.
As palavras dele estavam me fazendo repensar o que realmente mais me irritou hoje? Ou foi a somatória de tudo? A briga com Dylan ontem, a maneira que ele me tratou hoje, a piranha da irmã dele, o fato de que eu não consigo ver a minha áurea nem usar minha magia sempre que tento. Tudo isso junto fez com que eu fervesse de raiva e atacasse aquele projeto de peixe fora d’água.
- O que aconteceu Kora você não é assim? – minha mãe estava nervosa, sim era perceptível, porem ela esta se controlando, para uma bruxa de magia corrompida ela tem bastante controle sobre seus sentimentos obscuros. –Essa não foieducação que você recebeu e sem falar de que ela poderia ter te matado, ela é muito mais poderosa que você...
- Não ela não é.
- Como Kora? O que você disse? – minha mãe ficou pálida na hora sua boca se abriu em um O de descrença, e a raiva que estampava o rosto do meu pai deu lugar ao espanto.
- Eu já provei ser mais forte.
- Como assim filha? – meu pai foi o primeiro a se recuperar do choque que as minhas palavras causaram neles.
- Há alguns dias quando ela e sua turma jogaram tinta no Bel humilhando ele na frente de todos, eu não podia deixar isso passar, então eu revidei.
- Revidou como?
- Não sei como mas, eu joguei toda a tinta que tinha no chão, nas outras pessoas, no Bel, joguei tudo neles e quase acertei a Bridget se a professora não estivesse se intrometido.
 - Mas isso é... Isso é impossível, você é uma mestiça.
 - Sou mãe? Eu e o Bel nos perguntamos se essa informação é verdadeira. Segundo ele sou forte de mais para ser uma mestiça.
- Essa foi à informação que nos passaram, não desconte sua raiva na sua mãe.
- Não estou descontando em ninguém pai.
Eu não iria conseguir pensar aqui muito menos me acalmar, eu seria alvo de perguntas e não estou afim de responde – las, então revolvi sair e pensar em outro lugar. Levantando-me caminhei ate a porta.
- Aonde você esta indo? – a voz aflita da minha mãe me fez parar e olhar para ela.
- Não sei, só quero pensar, quem sabe eu encontre o Bel pelo caminho, mas no momento quero ficar sozinha.
E com isso sai. Eu não gostava de brigar com meus pais e sabia que eles deveriam me colocar de castigo, mas meus pais sabiam que a culpa disso tudo não era minha, e por isso sabia que eles me entendiam.

Margot

Quando ele me tocou, seu toque foi suave, calmo, amoroso, tirando-me do meu transe. As informações dadas pela minha filha me deixaram desnorteada.
- Você esta bem?
- Ela já provou ser mais forte...
- Calma meu amor, as coisas só estão indo mais rápidos do que tínhamos imaginado.
- Em breve ela vai saber...
- Sim ela vai – a sinceridade do meu marido não tem limites – isso é inevitável uma hora ela iria descobrir...
- Uma hora, mas não agora, não com 16 anos, não sendo tão inexperiente. Nós não devíamos tê-la criado longe disso tudo.
- Você terá que confiar nela, você a criou, ela pode estar muito mais pronta do que você imagina. Sem contar que Amélia nos disse para fazer isso. Ela sabia o que estava fazendo.
- E a escolha? Ela terá que escolher você sabe e o que ela esta fazendo, a maneira que esta agindo ela vai escolhe...
- Não, é muito cedo para pensarmos assim.
O miado da gata ecoou na sala, um miado tão aflito quanto meu desespero, um miado que refletiu a minha dor de mãe.
- Vai Amy, esta esperando o que? Vá atrás dela.
A gata saiu correndo sem fazer mais nenhum som, correu como uma mãe correria atrás de seu filho enquanto eu fazia uma oração silenciosa.

Por favor, Amélia proteja nossa menina e mostre a ela o caminho a se trilhar. 

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