terça-feira, 14 de abril de 2015

Terríveis Segredos - Capitulo 3

 Quando acordei era dia então ou era fim de tarde ou eu tinha dormido um dia inteiro sem nenhum pesadelo e sem nenhum ser gigante e azul.
   Olhei o relógio e vi que realmente pulei um dia completo, e com ele meu primeiro dia de aula.
   - A escola!
  Pulei da cama e fui correndo para o banheiro tomei um banho coloquei meu uniforme que estava pronto desde ontem e desci correndo as escadas, minha mãe se assustou com toda a minha pressa.
   -O que foi querida?
   -Mãe por que a senhora não me acordou para ir à aula?
   -Achei que não faria mal você descansar mais um dia. Tem certeza que quer ir para a escola. 
   - Mããe se eu não for vou ficar muito perdida na matéria e já me basta ser a novata estranha. Não se preocupe.
   Sai correndo pela porta sem nem dar a chance para minha mãe falar mais alguma coisa. A escola fica a três quadras da minha casa nova o que era ótimo.
   Quando estava quase chegando, com minha visão periférica vi um vulto que me deu um baita susto.
  -Nossa gatinha você quase me matou do coração sabia?!
  A gata era de um branco impecável, seus olhos eram castanhos claros quase como mel liquida. A gata ficou se esfregando entre minhas pernas como se pedisse carinho, mas eu não estava com tempo eu tinha que ir para a escola e passar pela fase de carne nova o mais rápido possível. Deixei a gatinha linda para trás e fui para minha nova e provavelmente pior escola.
  Quando entrei foi como se eu estivesse fedendo ou se tivesse um animal morto pendurando no pescoço. Todos pararam para olhar a novata, mas eu não podia deixar me intimidar então ergui os olhos e continuei andando até a diretoria onde pegaria meus horários e a senha do meu armário.
  Durante todo o caminho meus olhos não viram nada interessante até que chegando na sala da diretora eu vi uma cena realmente interessante. Dois garotos estavam levando um sermao da diretora. 
  Ambos estavam de costas para mim então eu só vi que um tinha o cabelo preto e o outro loiro platinado. A diretora, uma mulher de aproximadamente trinta anos, estava tão presa no sermao que não me viu parada a porta ouvindo tudo o que ela dizia. 
  -Vocês são duas crianças, ainda não tem força o suficiente para se envolverem nessa guerra. Dylan e Math pelo amor dos seus antepassados, olhe para vocês tão despreparodos, tão imaturos. Só por que seus corpos estão mais em seus domínios não significa que vocês o controlem por completo. Vocês por acaso se esqueceram que há uma diversidade de pessoas aqui? Tem uma garota que pode chegar a qualquer momento e vocês se pegando no pátio principal. 
  -Uma humana? - perguntou o rapaz da esquerda . 
  -Por que mais estaria tendo está conversa com vocês? Vocês precisão tomar cuidado. 
  Como assim humana?  Todos nós não eramos humanos? Com essa dúvida resolvi bater na porta chamando toda a atenção para mim. 
  -Oi, eu sou Kora Leibovits, sou nova... eu não queria atrapalhar eu...  eu só queria pegar meus horários e a senha do meu armário. 
  Agora os três me olhavam, a diretora com reconhecimento (meu pai deveria ter falado muito sobre mim), o rapaz a esquerda , o de cabelos negros, seus olhos dourados me olhavam com malícia. O rapaz a direita tinha olhos castanhos e me olhavam com curiosidade. 
  -Vejo que a srta Leibovits é mais bonita do que o Eric disse. - Disse ela se levantando, pegando meu horário e me entregando. - Bem vinda a Duantria. 
  - Obrigado. - Disse me virando e indo em direção a minha primeira aula. 
______

  A primeira aula foi tranqüila, aí na segunda  aula a esquisitice começou. 
Nela eu aprendi a identificar quem era o Dylan e quem era o Math. Ambos estavam na minha sala de aula. Um de cada lado da sala, como dois inimigos que odeiam estar na mesma sala.
  Dylan é o rapaz de olhos dourados e cabelos negros e conseqüentemente o Math é o outro. Ambos mais gatos do que eu teria imaginado. Pele bronzeada, corpo definido, olhos chamativos e um sorriso que fez minha estrutura balançar. 
  Os dois tinham um charme de se espantar isso explica um pouco do fato de serem inimigos, mas isso deveria fazer com que eles fossem amigos, então o que os difere? O que faz eles brigarem? Por que eles me chamaram de humana? Seriam eles mais que isso? Será que existe algo mais que isso?
  Estava tão absorta em pensamentos que não ouvi a pergunta direcionada a mim sobre a história da cidade. 
  - Me desculpa a pergunta foi comigo? 
  - Por acaso tem outra novata sentada no fundo sala? - perguntou uma garota sentada ao lado do Dylan.Ela era realmente muito bonita mas ao mesmo tempo tinha algo que assustava.
  Eu sei que é falta de educação não responder ao professor mas eu não era motivos para essa garota falar dessa maneira comigo então resolvi não deixar isso passar barato. 
  - E você quem é? Wow não, não responda. Por acaso você não seria a garota popular que se auto proclama melhor que os outros e que se sente ameaçada quando uma novata aparece? Seria?
  - Eu? Ameaçada por você? Se toca garota!Quem é você?  Você não é nada mais do que um pedaço de carne nova, só mais uma dos milhares de ralé que temos no mundo. 
  Aquilo me deixou cega. Não entendi o porquê da “RALÉ”, mas eu não deixaria aquela piranha super desenvolvida falar de mim desse jeito. 
  - Do que você me chamou? -  Disse me levantando, ela não deixou se intimidar e também se levantou. Ela era da mesma altura que eu e tinha seu corpo todo definido como se passasse todos os dias praticando algum tipo de luta marcial fazendo com que ela parecesse esguia como uma cobra.
  - Você ouviu RALÉ, é tudo o que você é! 
  Com isso, algo em mim se ligou, eu não sabia o que era, talvez fosse a euforia ou a adrenalina, nunca fui de brigas, mas também nunca levei desaforo pra casa, quanto mais eu me aproximava da garota extremamente irritante todos começaram a me olhar e a cada passo o olhar de espanto no rosto de todos ficou cada vez mais nítido, menos a garota que ficou me olhando com um olhar misto de raiva, prazer e curiosidade.    Quando eu estava a alguns passos de distancia de Brigit os cabelos dela começaram a se queimar como uma pira olímpica deixando seus olhos ainda mais ferozes do que já pareciam.               Na hora dei vários passos para trás assustada com a cena e todos na sala deram varias risadas obviamente do papelão que paguei bancando a novata corajosa, mas que no final foge com o rabo entre as pernas.
  - Brigit você sabe que isso é proibido. - Disse o professor. 
  Brigit me olhou de maneira mortal, mas se sentou. Eu para não chamar mais atenção me sentei também me questionando sobre o que acabara de acontecer.



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